sexta-feira, 17 de maio de 2013

Helênicas, as que esperam por seus heróis


Espetáculo de teatro dança segue de 18 de maio a 22 de junho no Teatro Experimental da UFPR

Um dos primeiros trabalhos do grande poeta latino, Ovídio, é Heroides, cartas de heroínas mitológicas para seus amantes ausentes, o qual pode ter sido publicado em 19 a.C. Inspirado nesses poemas, foi concebido o espetáculo de teatro dança Helênicas, adaptando e reescrevendo as cartas que as mulheres helênicas – segundo Ovídio - escreveram aos seus maridos e amantes durante a longa espera da guerra de Troia.
Com texto, direção e iluminação de Jul Leardini, “o espetáculo mostra a crueza da realidade feminina numa sociedade dominada pela arrogância, sede de poder e domínio masculino”, segundo a diretora de produção e atriz Loana Terra.
A peça mantém o espírito dramático de Ovídio, mas sua concepção traz uma estética ousada e inovadora que quebra os padrões da dramaturgia atual, com músicas especialmente criadas para dar climas apropriados a cada cena.
Produzido pela Lak – Eventos e Produções Culturais, que desde 2008 vem atuando no meio cultural, este é o primeiro trabalho da produtora parcialmente apoiado com verba pública, através da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Curitiba. O espetáculo tem sua estréia dia 18 de maio, no Teuni – Teatro Experimental da Universidade Federal do Paraná, e fica em cartaz até o dia 22 de junho.



Serviço:
Espetáculo de Teatro Dança Helênicas,
Texto e direção: Jul Leardini
Coreografias: Cristine Ferro
Produção: Lak Eventos
Local: Teuni – Teatro Experimental da UFPR
Período: 18/05 a 22/06 - de quarta a domingo às 20 horas
Ingressos: R$ 20,00 (inteira) R$ 10,00 (meia)

ELENCO
ANISHA ZEVALLOS - Helena
CRISTINE FERRO - Atriz convidada
ISABEL OLIVEIRA - Laodâmia
LOANA TERRA - Briseis
SARAH CASTILHO – Enone
EQUIPE TÉCNICA
Coreografias : CRISTINE FERRO
Sonoplastia: CESAR SARTI
Iluminação: JUL LEARDINI
Operação de luz: ERLY WELTON
Cenografia e Adereços: ELIANE FRANÇA e SILZI MOSSATO
Figurinos : CRISTINE FERRO
Pesquisa de imagens, Fotografias, Projeção e Arte Gráfica: ERLY WELTON
Divulgação: ERLY WELTON, LOANA TERRA e SILZI MOSSATO
Produção: LOANA TERRA E SILZI MOSSATO

domingo, 24 de março de 2013

Uma Família de Artistas

Apresentação e baile de fandango na Casa Hoffmann
sábado - 23/03/2013 (Aorélio Domingues e a filha Luma
ao fundo)

O fandango paranaense continua vivo, não por graça e empenho dos folcloristas acadêmicos, mas pelo dinâmico esforço dos próprios caiçaras, através dos velhos mestres e seus descendentes, como a Família Pereira, de Guaraqueçaba, e jovens caiçaras como José Muniz, também de Guaraqueçaba, e Aorélio Domingues, da Ilha dos Valadares, em Paranaguá. Desses, Aorélio é o mais proeminente, porque conseguiu tirar do fandango e da cultura caiçara o limbo de preconceito com que sempre foi tratado para alçá-lo a um lugar de destaque e de reconhecido valor cultural.


O trabalho desenvolvido por Aorelio Domingues, na Casa Mandicuera e junto às comunidades caiçaras do litoral paranaense foi reconhecido como um dos mais importantes da cultura popular brasileira. Aorélio foi um dos que lutaram bravamente para que o Fandango fosse tombado como Patrimônio Imaterial do Brasil e agora recebe o título de Salvaguardador de Culturas Tradicionais, em âmbito internacional. Foi, ainda, convidado para participar do encontro de Violas de arame em Portugal onde tocará  juntamente com grandes músicos violeiros do Brasil e de Portugal, que acontece de 22 de abril a 1º de maio.


No meio de tudo isso, ainda participa da Folia do Divino Espírito Santo, que vai levar as bandeiras para as comunidades litorâneas a partir do dia 5 de abril e ainda volta de Portugal para encerrar a Festa do Divino, em Paranaguá.
Mas Aorélio não está só. Tem o apoio integral de sua linda família (a mãe Dona Aliete, a companheira de arte e de vida, a premiadíssima atriz a artista visual Mariana Zanete, as filhas Luma e Malu (na foto acima, com Mariana), o incansável artesão Poro de Jesus, Mestre Zeca Martins, que sempre o acompanha tocando rabeca e ensinando fandango aos jovens na Casa Mandicuera, os meninos dançarinos, Tamise Fernandes Alves, Lenon Rodrigo, Elyson Domingues e Paulo Henrique, os irmãos violeiros Miguel (Mamangava) e Darci Martins (entre outros e outras que não cito e peço perdão pela falha da memória), mas que formam uma grande e talentosa família a preservar e enriquecer a cultura caiçara do Paraná.